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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Asa Entrevista

JOSÉ DE PAULA MELO NETO
40 ANOS DEDICADOS À ARBITRAGEM (2)
 

Na sequência da série de reportagens especiais feitas pelo site da ASA, hoje publicamos a segunda parte da entrevista e depoimento de um dos mais respeitados e conhecidos homens da arbitragem de Sorocaba e região, no futebol e no futsal: José de Paula Melo Neto, pertencente ao quadro da ASA há mais de 40 anos.


Na primeira entrevista
, Neto falou do início de sua carreira em 1973, de sua passagem pela Federação Paulista de Futebol, onde foi o primeiro árbitro de Votorantim formado na FPF; comenta ainda sobre o “mito” do apito, e amigo João Íris; de suas 15 finais de 77 a 2002, etc.

E nesta segunda parte, Neto, hoje com 65 anos, abordou o jogo mais difícil que apitou, suas estratégias antes de entrar em campo para fazer uma boa arbitragem, o difícil trabalho do árbitro sem bandeira nas décadas de 70 e inicio dos 80. Ele falou ainda um pouco de Eliseu Sentelhas, um dos fundadores da ASA, do trabalho da entidade em prol da arbitragem regional e seu sugestões para que se melhore ainda mais o trabalho dos árbitros na região. Confira:



Site da ASA – Qual foi o jogo mais difícil de sua vida?
 
Neto - “O jogo mais complicado que eu apitei foi um em Votorantim, uma final do varzeano entre Ferragens Archila x Corintinha, 1 a 0 para  o Ferragens. Neste jogo ocorreu um penal contra o Ferragens – eu odeio pênalti – e teve uma muvuca e eu tive que expulsar três jogadores do Ferragens. E o Corintinha ganhou de 2 a 1 do Ferragens e foi campeão varzeano em Votorantim. Um jogo de muita reclamação, mas sem agressão. Entre os que eu tive de expulsar estava o Zé Carlinhos.  Mas nunca tive problema com jogador A,B ou C”



Site da ASA – Arbitro tem “estratégia” antes dos jogos?

Neto -
“Todo time tem estratégia antes do jogo. Eu tinha a minha. Eu procurava conhecer quem eram os jogadores que estariam em campo e quem poderia me causar problemas no jogo. O que acontecia. Começava o jogo, na primeira reclamação eu encostava no cara e dizia – Você é o craque do time, e está procurando sua expulsão e se eu te expulsar, tenho certeza que a sua torcida ficará contra você -; o que acontecia, o cara  ficava ao meu lado e não deixava ninguém reclamar, se alguém reclamava ele dava uma dura no outro. E eu levava assim de forma tranquila o jogo”

Site da ASA – Como era apitar sem bandeira?

Neto -
“Era numa época(décadas de 70 e inicio de 80) que não tinha bandeira e o árbitro tinha que marcar impedimento, o que sozinho é muito difícil. Mas o quadro da ASA já naquela época era muito bom com árbitros acostumados a enfrentar aquelas dificuldades. E éramos relevantes até com a torcida. Apitávamos um impedimento e dificilmente tinha reclamação. Hoje a regra mudou, existem erros. Mas tem pessoas que não conhecem nada sobre isso e tem mais reclamação e isso vale para o varzeano, profissional etc. Virou uma coisa universal. Hoje jogador tomou um toque no tornozelo, poe a mão na cara, cai e sai rolando e deixa a arbitragem numa situação ruim. Na nossa época não era assim. Se tivéssemos que relatar alguém, o fazíamos, e se no domingo seguinte tivesse que fazer o jogo daquele atleta, a relação era a mesma”



Site da ASA – Qual é a importância de Eliseu Sentelhas, nestes 40 anos para a arbitragem?
Neto – “
Falar do Eliseu Sentelhas é uma coisa diferenciada. Não é para qualquer um, estar no comando da arbitragem do futebol de campo e do salão há 45 anos, e nós juntos neste tempo é difícil até de comentar a dimensão e a grandeza do trabalho dele em prol da arbitragem de Sorocaba, Votorantim e região. Esse é o Eliseu, a quem a arbitragem regional deve muito hoje pelo grande trabalho que sempre realizou. Pra vocês terem ideia, neste ano, eu tava vendo a reportagem, foram 1700 jogos, todos com trio completo na região. Isso não é pra qualquer um. Fazer escalas e não faltar árbitros nos jogos? No salão e campo. E sempre de bom gosto. Com ele é assim: tem que dar dura, ele dá, tem que elogias ele elogia, tem que cobrar ele cobra. E é complicado lidar com o ser humano. Hoje temos muita gente dependente de arbitragem, e fica muito em cima do dinheiro que ganha com ela. E alguns, quando ficam sem arbitragem até querem criticar o diretor porque não pegou escala. E o diretor tem que lidar com tudo isso. Não é fácil.”



 

Site da ASA – O que se pode melhorar na arbitragem hoje?
Neto -
“Eu gostaria de sugerir para a ASA, que tem hoje, pelo menos oito ou mais árbitros que trabalham na Federação Paulista, sub-15, sub-17, Series B e A-3 etc. (outro mérito da ASA, que ajudou  na formação inicial destes profissionais). Com isso, acredito que o quadro vai precisar futuramente de mais árbitros, e para isso sugeriria  mais cursos para a formação de novos árbitros em Sorocaba, Votorantm e região pela ASA. E utilizar esses meninos da Federação do quadro para esses cursos, trabalhando com reciclagem. Quando você tem um entendido e conhecedor da FPF, fica mais fácil, para um curso de uma semana para formar novos árbitros. Além de aprimorara ainda mais a arbitragem de Sorocaba e região, que eu acho muito boa,que quer trabalhar correta, mas às vezes é crucificada por resultados de time A, B ou C”



Site da ASA – Fale do trabalho da ASA nestes 40 anos para a arbitragem?


Neto -
“A ASA já faz hoje muita coisa pela arbitragem e pelos oficiais de arbitragem da região. Ela trabalha com material, manda fazer, distribuir esse material. Na Copinha (Brasil Infantil), você vê os árbitros muito bem uniformizados, preparados. Como disse anteriormente. A ASA poderia fazer mais cursos de qualificação. Temos árbitros que gostam de apitar, bandeirar e, se propõem a fazer aquilo. Se sai bem, ele começa a se adaptar e seguem em frente. Outros não se adaptam, fazem quatro ou cinco jogos e param porque não é aquilo que eles querem. Mas com mais cursos de qualificação o quadro ficará melhor ainda. Também defendo que tem de se trabalhar com mais meninos novos, com mais de 25 anos. Temos árbitros com 50, até quase 60 em ação, e tecnicamente são bons árbitros mas fisicamente e mentalmente começa a haver uma queda e dificuldade. Esses tem de ser prestigiados pois são baluartes que estão a 30, 40 anos no apito e sempre à disposição. Porque pegar um sábado ou domingo, deixar a família, sem saber as condições que vai voltar para a casa, não é pra qualquer um. É uma situação de risco pois você pode ser agredido, etc no campo.

Site da ASA – Resuma pra gente essas suas quatro décadas no apito?
Neto – “
A arbitragem na minha vida resultou em dois aspectos: sou muito respeitado graças ao trabalho na arbitragem, e as amizades que fizemos nestes 50 anos de trabalho no apito. O que eles gostam da gente e legal, e é muito gratificante isso pelo que o futebol e futsal me trouxeram. Hoje tem 65 anos e 40 de arbitragem, mais de 60 por cento da minha vida e vivo dentro disso, e eu adoro até hoje e sempre gostei. Minha alegria era no final de semana poder ir para os campos apitar. Agradeço a todos por tudo”.





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