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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

ASA Entrevista


JOSÉ DE PAULA MELO NETO:
40 ANOS DEDICADOS À ARBITRAGEM (1)


José de Paula Melo Neto, 40 anos de arbitragem
 Dentro da série de reportagens especiais feitas pelo site da ASA, após entrevistar a “lenda”, do apito, João Íris, nesta segunda matéria, colhemos o depoimento de um dos mais respeitados e conhecidos homens da arbitragem de Sorocaba e região, no futebol e no futsal: José de Paula Melo Neto.

Com uma fala fácil e uma memória impressionante, Neto, que hoje  atua como anotador da ASA, falou em primeira mão de sua longa carreira de quatro décadas. Em virtude do grande conteúdo de informações, o site da ASA vai dividir essa reportagem em duas etapas.


Na primeira, Neto fala do início de sua carreira em 1973, de sua passagem pela Federação Paulista de Futebol, onde foi o primeiro árbitro de Votorantim formado na FPF; comenta ainda sobre o “mito” do apito, e amigo João Íris; de suas 15 finais de 77 a 2002, entre outros temas bastante interessantes. Confira:



Site da ASA - Como foi seu início na década de 70?
Neto – “
Comecei no futsal em 1973 com a Copa Emancipação com 100 times de fabricas e bairros, como bandeirinha de futsal,quando o Eliseu (Sentelhas), ainda jogava. E eu ia sempre nos jogos do Corintinha e tinha 17 anos. Na época o saudoso Durvo chamava pra eu apitar jogos que não tinha quase juiz e eram jogos amistosos. Um dia ele me disse que se eu fosse trabalhar na arbitragem eu ia me dar bem. E aí comecei no campo”.

Site da ASA – Você ficou três anos na FPF?

Neto - “Sim. No ano seguinte, 1974, me formei árbitro da Federação Paulista de Futebol, provavelmente o primeiro árbitro de Votorantim na Federação. Lá trabalhei três anos  como assistente, isso porque mesmo fazendo o curso de árbitro, na época a Federação obrigava a fazer três anos de estágio como bandeira. Mas eu era casado novo e trabalhava na fábrica (Votocel), minha esposa começou a dar uns apertos em mim e então eu parei (de bandeirar na Federacão). Aí continuei a trabalhar, mas na várzea e no amador do estado. Lembrando que eu também trabalhava no salão para ajudar o Eliseu pois eram muitos jogos e pegando mais gosto pela arbitragem.



Pela sua brilhante carreira Neto já recebeu muitas homenagens
Site da ASA – Fale do “mito” João Iris na arbitragem
Neto -
“João Íris foi, sem dúvida um dos maiores árbitros da região. Trabalhei com ele na Federação. Quando cheguei, ele já estava lá. Conheci ele sem querer lá. Foi num jogo em Presidente Prudente em que eu fui e só lá fiquei sabendo que era ele que ia apitar –na época cada um ia com sua condução para o local do jogo, e não como agora onde o trio vai junto para o local do jogo. Era um baita árbitro, tanto no profissional quanto no futebol amador”.

Site da ASA – Você apitou inúmeras finais não é?
Neto -
Depois que parei na Federação, por questões particulares, fiquei só em Votorantim e Sorocaba de 1977 a 2002, apitando. Fiz de 12 a 15 finais. Por eu ser da Chave, eu só não fazia finais do Comercial e do Cachoeira (times do bairro da Chave em Votorantim). Fiz as primeiras finais de times como Vila Garcia, Fluminense e Flamengo,Votocel, Votoran, Arem.
 Mas em 2002 fiz uma prótese no joelho e perdi a mobilidade de trabalhar no campo. Mas continuei no futsal, onde me formei na Federação em 1980, me formando com o saudoso Ise. E trabalhei 29 anos como árbitro da Federação Paulista de Futsal. Desta forma fiz várias finais do interior, conheci todo estado de São Paulo. Uma recordação que não tem tamanho. Hoje com 65 anos tem horas que fico até meio deprimido vendo as fotos de antigamente da época.

Neto, desta feita no futsal ao lado de Mário Guidolin, Roberto Brawer

Site da ASA – Aliás, pouca gente sabe, mas você fez a primeira final da Copinha, não é?

Neto  - “Sim. Me lembro da primeira Copa Brasil de Votorantim sub-15, que eu apitei, em 1991 e acabei fazendo, graças a Deus aquela final, com o Jamelão e Rubens Vitte na bandeira. O Bahia perdeu do São Paulo por 1 a 0, gol de Sidney, que mais tarde seria volante profissional no São Paulo e foi assistente do Tite e do Mano Menezes.

E lembro quando terminou o jogo, o treinador do Bahia se dirigiu a mim e me parabenizou de disse – Você apita muito muleque e lembra o melhor arbitro baiano da história, Manoel Serapião – eu tinha bigode igual do Serapião, na época. Foi muito gratificante ouvir aquelas palavras e um grande incentivo para mim na época”.

Neto em mais uma imagem na Federação de Futsal

Site da ASA – Detalhe mais como foi a fase na FPF?
Neto -
“No período que eu trabalhei na Federação, nos jogos que fiz, em três anos, eram da antiga terceira divisão, que não era muito diferente do Amador do Estado, e a diferença era que você apitava ou bandeirava em locais que ninguém te conhecia, ao contrário de hoje, onde os jogadores e comissão técnica têm conhecimento do árbitro que vai apitar, e isso vale para os campeonatos varzeanos, onde todos te conhecem.

Hoje o amador do Estado e até da região, tem muito ex-boleiros, jogadores que pararam de jogar profissional, e jogam várzea amador. Apitei na época o Amador do Estado em Itapetininga, Porto Feliz, Alumínio, São Roque, Votorantim e cada time tinha uma seleção da cidade com nível alto”


Site da ASA –  Você nunca foi agredido em uma partida nestes 40 anos?
Neto -
“Vou te contar uma coisa. Depois de iniciar na arbitragem bem novo, e com mais de 30 anos apitando ou bandeirando, me orgulho de uma coisa. Nunca fui agredido (em campo ou fora).Claro que já sofri pressão, reclamações como e normal. Mas nunca fui agredido nem por jogador ou torcida. Sempre fiz a minha parte, respeitando para ganhar esse mesmo respeito.

Neste caso, sempre digo, que o respeito é próprio. O árbitro que se dá ao respeito, é respeitado. Já vimos muitos árbitros que não tinham respeito com os atletas e davam a esse atleta a agir da mesma forma com ele fala. Sempre fui um cara sério, fiz sempre de forma séria minhas funções e graças a Deus meu conceito (na arbitragem) é de respeito é de primeira”


Site da ASA –  Quais são seus espelhos no apito no campo?
Neto - “A minha vitrine na arbitragem na Federação e depois disso, foi um árbitro baiano: Manoel Serapiáo Filho. Em Votorantim, Sorocaba, gostava de ver apitar o João Íris, Jamelão, Claudinei Belo, meu tio Bentão, o falecido Tão. Hoje no profissional destes tempos, eu gosto de Raphael Clauss,que é sério, erra? Sim, mas toma atitude quando precisa. Já não gosto do Heber Roberto  Lopes, por sermarrento, pois quando ele quer apitar, ela apita e quando quer aparecer ele aparece no j
ogo. 


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